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Foto: https://www.jornaldooeste.com.br/

 

PAOLA SCHROEDER

(BRASIL – PARANÁ)

 

Nasceu em Toledo (PR).
É designer de interiores, poeta, artista e graduanda de
Filosofia na Unioeste, Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
Publicou o livro À beira da palavra. Participou da plaquete Tanto mar sem céu (Lumine Editor, 2017), e tem seus poemas publicados em revistas literárias e jornal de literatura como Germina, Zundi, Rascunho, entre outros.

 

 

DANIEL, Claudio.  NOVAS VOZES DA POESIA
BRASILEIRA. Uma antologia crítica.   
Capa: Thiti
Johnson.  Cajazeiras:  Arribação, 258 p.  
ISBN 978-85-6036-3333365-6

                  Exemplar na biblioteca de Antonio Miranda


SILENTE – ALL OF ME

I

Nunca saberemos quando
nos colocarão em cárceres:
nossas próprias palavras.

Como sempre o silêncio.
Faminta como também
o silêncio do outro.

Pela rua pele o oceano doce
que naveguei com os dedos,
as pernas e a língua.

Hoje pensos em meus ossos,
e o movimento infindo
que não te alcança.

II

“Minha fome é matéria que você não alcança.”

Maria Bethânia

Meu mito de Sísisfo
desfeito na delicadeza
das covas de teu sorriso.

Cortázar  disse uma vez:
Não podemos escolher a chuva.

Bastou um sorriso
e meu avesso derrubou
todas as constelações.

Desdobrei
fibra por fibra
meu coração.

Como pó
me senti só
entre as palavras.

Na ânsia
eu não soube
tecer desejos,

fazer os pontos certos
que um dia serviriam
de rede ao teu afeto.

        III

Mas de sobreaviso lhe digo:

Levo um pássaro na boca,
pois acredito na viagem.

Em tempo reafirmo
que me doo
para que meu ser
te sirva de refúgio

E quando me procurares,
e somente neste momento.

A língua dará vida pássaro
que junto das tuas pétalas
encontrará a primavera.


TRISTEZA HÚNGARA

Em Budapeste,
nos recônditos
das danças de Brahms.

Dorme a guerra no canto
caído de todas as bocas.

Glommy Suday dá o tom
de azul retorcido ao Danúbio.

Nas Pontes das Correntes
corpo a corpo triunfa
em queda profunda.

Clubes se esgueiram
em sorrisos interditos.

Pintados em graus,
grudados à cara.

A canção proibida,
a letra ao lado do corpo,

de dentro do corpo
centenas se atiram.


IL MONDO

Nas noites de minha cova
a loucura tomou meu corpo.

Ainda com sede tomou
de suas mãos a pena.

A brevidade
de uma amizade

é dura como os ossos
que hoje enterro.

Embora o mundo gire
já é tarde o movimento.

Na repentina ação do caos,
embaraço tornou-se ordem.

Contorceu-se na boca
de nossas memórias.

Perturbou céu e língua.

Fez morrer um mundo,
fez nascer uma pérola.

Na constelação da beleza
a dor é também potência.



*  
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Página publicada em setembro de 2024       

 

 

 
 
 
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